O deputado Roberto Mesquita (PV) é um dos que querem ter acesso a documentação. Ele disse não ter sido informado de que essas informações estão disponíveis para a Assembleia Legislativa. Mas além de verificar o que a ABC enviou à Seplag, o parlamentar deseja que o secretário explique a questão dos consignados na Comissão de Fiscalização e Controle da Assembleia.
"A Assembleia, a meu ver, não pode tomar outra atitude que não seja chamar o secretário do Planejamento para explicar, na Comissão de Fiscalização, o que esta acontecendo nos consignados", pontuou, alegando que o Legislativo estadual não pode ser omisso para com seu dever de fiscalizar o Executivo.
Segundo Roberto Mesquita, faltam ainda muitas explicações por parte do Governo, como o porquê "de tanto descaso" para com o assunto, mesmo depois de várias denuncias terem sido feitas na tribuna da Assembleia. Outro questionamento é o fato de o Governo não conhecer as relações particulares entre empresas que faziam a ponte entre os servidores e as instituições bancárias para a garantia dos empréstimos.
"Isso é de domínio público. Em cláusula contratual está posto que as empresas que prestam serviços (na garantia dos consignados) devem ser credenciadas pela ABC e cadastradas pela Seplag", destacou, criticando a postura do secretário que prometeu punição caso as denuncias feitas sejam apenas reflexos de "discursos vazios".
Explique
De acordo com o deputado Heitor Férrer (PDT), por enquanto, ele não teve acesso a qualquer informação de que essa documentação passada pela ABC está à disposição dos parlamentares. Para o pedetista, esse assunto não se encerra agora. Assim como Roberto Mesquita, Férrer também defende que o secretário Eduardo Diogo explique à Assembleia o que o Governo já apurou até o momento sobre os consignados.
O líder do PT-PSB na Assembleia, deputado Welington Landim (PSB), também concorda com a ida do secretário ao Legislativo. Ele argumenta que o governador já deixou claro estar aberto para as explicações, por isso não vê nenhum impedimento para que Diogo trate do assunto com os parlamentares.
Diário do Nordeste
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