Oposição cobra segurança pública

Deputados criticaram o remanejamento de recursos no Orçamento e pediram mais atenção do Governo com a área

Diário do Nordeste
30 de novembro de 2011

Parlamentares da oposição cobraram, ontem, que o Governo do Estado dê maior atenção às reivindicações das polícias Civil e Militar. Segundo Roberto Mesquita (PV), a situação de órgãos de segurança do Ceará, com sucessivos remanejamentos de recursos, está na contramão dos investimentos que o Governo tem anunciado para outras áreas. Na avaliação do Capitão Wagner (PR), a queda de investimento na Defesa Civil tem causado prejuízos.

Citando dados do Portal da Transparência, o deputado Capitão Wagner criticou os vários remanejamentos de recursos de órgãos de segurança. Segundo ele, foram investidos pelo Estado, neste ano, R$ 12.720,10 no reaparelhamento do Corpo de Bombeiros, quando a Lei Orçamentária previa investimento da ordem de R$ 1.655.003.

O parlamentar reclamou, ainda, que os recursos previstos para aquisição de equipamentos e construção de novas unidades do Corpo de Bombeiros nos municípios de Maracanaú, Itapipoca e Maranguape não tenham sido aplicados pelo Estado.

O deputado Roberto Mesquita criticou que o Governo não venha aplicando os recursos destinados no Orçamento aos órgãos de segurança, incluindo o Corpo de Bombeiros. "Os parlamentares foram sensíveis e colocaram no Orçamento, mas o Governo nada aplicou e provavelmente não vai mais aplicar esse ano", reclamou.

Insatisfação

Segundo ele, negar que está havendo um movimento nas Polícias é "querer tapar o sol com a peneira" e, portanto, o tema precisa da atenção do governador e dos parlamentares para evitar maiores problemas. Isso porque estaria havendo uma insatisfação tanto sobre a questão salarial dos policiais quanto em relação à falta de investimentos.

O deputado Capitão Wagner disse que existem projetos tratando do aumento salarial de policiais na Casa, mas falta o interesse para votá-los. Ele afirmou ainda que a confiança dos policiais no governador Cid está abalada. "O caos está próximo do Estado do Ceará", declarou.

Em contrapartida, o vice-líder do Governo na Assembleia, Carlomano Marques (PMDB), negou a possibilidade de um caos no Estado, afirmando que o governador deverá contratar, até 2014, 8 mil profissionais.