terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Comissão quer ações para reduzir impacto ambiental de mina em Quiterianópolis

Durante debate na tarde desta sexta-feira (09/12), em Quiterianópolis, sobre os impactos causados pela exploração de ferro pela empresa Globest na Serra do Besouro, o presidente da Comissão de Meio Ambiente, deputado Augustinho Moreira (PV), destacou a importância da negociação entre mineradora e comunidade.

Ele disse que foi a própria comunidade que solicitou o debate, e afirmou que a comissão está acompanhando de perto esta questão. “Espero que os problemas levantados pelos moradores sejam contornados”, disse o parlamentar.

O deputado Nenen Coelho (PSD) destacou que embora “a comunidade queira o investimento da Globest, é preciso ampliar os cuidados com o meio ambiente e com a qualidade de vida da população”.

O presidente do PV em Quiterianópolis, Jorge Macêdo, que levou o tema à AL, acentuou que os moradores reclamam do desmatamento e da poeira levantada pela mina. “Estamos preocupados com a erosão para dentro do rio Poti e queremos garantias da empresa de que serão efetivadas ações práticas para evitar mais problemas”, disse.

O gerente geral da Globest, empresa proprietária da mina, Wei Lip Wu, afirmou que a questão ambiental é também preocupação da empresa e já há recursos para recuperação da área. Ele citou o plantio de mudas para reflorestamento, a construção de canais para contenção das águas do rio Poti para evitar enchentes e que, em janeiro, serão implantados mecanismos para redução da poeira.

Wei Lip Wu disse ainda que em 2012 será implantada em Quiterianópolis, uma fábrica de separação magnética de metal. O geólogo Jonhnath Ricardo, explicou que esse trabalho vai reforçar as precauções para evitar a erosão de sedimentos para o rio e o reflorestamento.

O fiscal da Semace, Antônio Harildes Martins, ressaltou que a mina atende as exigênicas legais. Esclareceu ainda que a implantação de uma passagem molhada, com manilhas, vai resolver o problema do rio Poti.

Técnicos da Comissão a visitaram a mina, na comunidade de Bandarro, onde o ferro é extraído a céu aberto e detectaram problemas ambientais. “A situação do rio Poti, que já estava assoreado, piorou e na época de chuva casas próximas são alagadas. Para o geógrafo Cezário Peixoto, devia haver uma ponte no acesso à mina e não manilhas, “que não vão resolver o problema por conta do peso excessivo dos caminhões”, disse.

O deputado Federal Antônio Balhmann (PSB-CE) destacou a dimensão do projeto da Globest, que “traz para a região uma vocação econômica nova e poderosa, com matéria-prima essencial à indústria mundial”. Balhamann ressaltou a importância da interação entre empresa e comunidade, e defendeu a expansão de um ramal ferroviário até Quiterianópolis, para escoar a produção de ferro e reduzir o tráfego de caminhões.

Também participaram do debate o prefeito de Quiterionópolis, Chico Viana; o vice-prefeito de Novo Oriente, Godofredo Lima; o superintendente do Departamento Nacional de Produção Nacional Mineral (DNPM), Flávio Nobre Fonteles; o presidente da Comissão de Energia da OAB, Pedro César Rocha; e dezenas de vereadores e lideranças comunitárias.

Fonte: Assembleia Legislativa

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