quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Asssembleia Legislativa debate segurança pública em Pentecoste

O debate foi uma iniciativa do PV de Pentecoste, requerido por meio do gabinete do deputado Roberto Mesquita. O deputado Augustinho Moreira também participou da Audiência.

A Assembleia Legislativa, por meio da Comissão de Defesa Social, realizou na tarde desta terça-feira (29/11) Audiência Pública para debater a crescente violência no município de Pentecoste. A reunião realizada na Câmara Municipal uma iniciativa do PV de Pentecoste, requerido por meio do gabinete do deputado Roberto Mesquita (PV).

Mesquita iniciou o debate ressaltando que as frequentes manchetes sobre a
violência não condiz com a história do "povo guerreiro e lutador" de Pentecoste. O deputado analisou que as drogas, sobretudo o crack, é hoje um dos principais vetores da violência. "Esperamos ao fim desta audiência encontrar as soluções para resolver estes problemas".

Já o deputado Augustinho Moreira (PV) afirmou que a situação presenciada em Pentecoste é a realidade enfrentada em todo o estado. O parlamentar lembrou que em 2006, quando chegou à Assembleia Legislativa, o Ceará tinha cerca 13 mil policiais militares e de lá pra cá o efetivo não aumentou na mesma proporção da população. A sobrecarga dos policiais, segundo o Augustinho, torna impossível fazer segurança com qualidade. "Policial não é máquina", exclamou. Outro problema destacado pelo deputado foi a lentidão da Justiça que gera impunidade e estimula a ação dos criminosos.

Compartilhando o pensamento de Augustinho Moreira, o chefe do Departamento de Polícia do Interior, Dr. Jocel Dantas, resumiu que uma das maiores dificuldades enfrentadas em Pentecoste é o efetivo policial resumido. “A Polícia Civil conta com o trabalho apenas do delegado e de três servidores. A Polícia Militar não chega a dez homens trabalhando em apenas uma viatura. Impossível dar conta de um município do tamanho de Pentecoste", assegurou.

Reclamações parecidas foram feitas pelo comandante da PM, subtenente Delmiro Silva, que citou estudo da ONU indicando que o ideal é um efetivo de 1 policial para cada 250 habitantes. “Aqui temos um policial para cada duas mil pessoas”, frisou.

O delegado Breno Fontenele disse que a população está "amedrontada e cala por medo". Pediu, porém, a colaboração de todos por meio do telefone 190. O delegado solicitou ainda a colaboração da imprensa na
conscientização dos populares.

A solicitante da audiência, Luiza Perdigão, secretária da Regional do Centro de Fortaleza, que é natural da cidade, sugeriu a utilização da tecnologia, como câmeras de monitoramento, para ajudar no combate à insegurança.

Representando os jovens do município, o secretário de juventude do PV em Pentecoste, Jamersom Ígor, cobrou políticas voltadas para a sua classe, conforme afirmou a mais atingida pela onda de violência.

A vereadora Valéria Braga destacou que as drogas estão hoje espalhadas em todas as localidades e bairros da cidade. Sugeriu que fossem instalados postos policiais nos distritos e cobrou a volta do programa Pró-cidadania. Participaram ainda das discussões o vereador Zé Cláudio (PMDB), representantes de classes, radialistas e blogueiros da cidade, líderes comunitários, ex-prefeitos, ex-vereadores, entre outros.

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